1/31/2007

Fazendo a contagem regressiva para o Super Bowl

autor(a): Paula Rizzo www.bluebus.com.br

A expectativa é grande em torno do maior evento televisivo dos EUA, a transmissao da final do campeonato de futebol americano - o Super Bowl - que acontece no próximo domingo, dia 4. No ano passado foram 141 milhoes de americanos ligados na partida, dos quais 90,7 milhoes assistiram a toda a transmissao. Além da enorme audiência, há muitos anos o torneio virou a plataforma de lançamento das grandes campanhas publicitárias norte americanas, o que colabora para salgar o preço dos breaks comerciais e para gerar muita expectativa sobre o que será veiculado.
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30/01
Paula Rizzo http://www.bluebus.com.br/

Para este ano sao esperados mais de 60 anunciantes que desembolsarao em média US$ 2,6 milhoes por cada comercial de 30 segundos. Os mais aguardados sao os comerciais de Budweiser - a Anheuser-Busch comprou nada menos do que 5 minutos dos breaks, mas nao revela o que pretende veicular. Especula-se que comerciais para Bud, Bud Light e para a Bud TV (que tem estréia prevista para o dia seguinte, 2a feira). Também ganham destaque este ano as produçoes de comerciais criados pelo consumidor para Doritos, NFL e Chevrolet - leia notas do Blue Bus
aqui e aqui. E existem rumores de um possível comercial da Apple falando sobre a inclusao das músicas dos Beatles no catálogo do iTunes - BB publicou nota sobre isso aqui.
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30/01
Paula Rizzo http://www.bluebus.com.br/

Se você quer conferir estas e outras novidades que vao rolar nos intervalos do evento, siga a dica publicada no Blue Bus ontem
aqui e veja os comerciais acessando depois do jogo o iFilm, ou a AOL ou o Google.


Todas da Paula Rizzo no Blue Bus, escolha uma entre as opçoes disponiveis
aqui.

30/01
Paula Rizzo


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1/30/2007

O diário de um blogueiro sem-carro - Parte 01

Felipe Matos (e-mail) é diretor de TI do Instituto Inovação, aceleradora de negócios em tecnologia.
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Se você leu o título desse artigo fora de contexto, deve estar curioso. Antes de contar essa história, vou me apresentar. Tenho 23 anos e trabalho com internet desde os 12. Nesse tempo, participei de vários grande projetos, inclusive do nascimento do próprio iMasters.
Alguns projetos estouraram, deram muito certo, outros micaram. Mas nunca subestimei o poder dessa mídia chamada World Wide Web.


Recentemente eu tenho acompanhado o mercado virtual e assisti a várias iniciativas, como a
The Million Dollar Home Page, do cara que vendeu 1 milhão de pixels em publicidade. Muitos tentaram copiar a idéia pelo mundo, e inclusive aqui no Brasil, mas sem muito sucesso.

Dia desses, eu estava meio puto por ter que pegar ônibus de madrugada para voltar para casa (longe de onde eu moro, táxi nem pensar). E a grana anda curta para comprar um carro. De repente veio o estalo: vou comprar meu carro usando a internet.

Era madrugada. Corri e registrei o
patrocinemeucarro.com. Tenho uma conta na DreamHost com domínios ilimitados, que estava mesmo subitilizada. Um pouco de Google Imagens e não foi difícil encontrar imagens de um carro em todos os ângulos possíveis. O único carro que satisfez essas condições foi o Fiat Idea e essa foi a única razão por ter sido ele o escolhido.

A idéia é simples: vender anúncios na lataria do meu
futuro carro, que serão adesivados nele assim que o dinheiro arrecadado for suficiente para comprá-lo.

Desenhei rapidamente o site e depois veio o trabalho mais chato. Dividir o espaço do carro em 519 quadradinhos de 23 x 29 pixels. Nada que uma chícara de café e música no talo não resolvessem. Tive também que trabalhar na parte de frente do carro. Afinal, os anúncios não ficariam bem visíveis em perspectiva e seria complicado plotá-los lá dessa forma. Com um pouco de paciência, desenhei a carroceria da frente e encaixei nos faróis.

Iria valer à pena. Com cada quadrinho a R$ 100,00, posso faturar quase R$ 52 mil. Dá um carrão!
Corta daqui, monta no
Dreamweaver dali. Alguns layers e textos depois, a estrutura básica estava pronta. Fiz tudo em HTML basicão mesmo. Usei SSI para inserir os pedaços fixos nas páginas internas (menus e layers) e só.

Precisaria de uma forma de cobrar por esses anúncios. O ideal seria gerar boletos bancários automaticamente. Lembrei que já tinha feito uma conta na F2B, empresa de geração de boletos e cobrança de comércio eletrônico. Baixei os manuais e implantei o
PHP que faz a comunicação com o servidor deles via XML. Ajustei o formulário de anúncio, coloquei um javascript para mostrar na tela os preços atualizados, conforme o usuário escolhesse onde anunciar. Escrevi os e-mails de confirmação que vão para mim e para o usuário quando este anuncia.

No dia seguinte, hora de parar e pensar no regulamento. E se eu não conseguisse comprar o carro, iria devolver o dinheiro? E se o dinheiro der para um carro menor e os anúncios não couberem? Coloquei meu lado “advogado” para funcionar e redigi as regras dos anúncios.

Os DNS já tinham propagado e meu FTP já estava funcionando. Subi tudo pro ar e mostrei a uns amigos. E qual não foi a minha surpresa ao saber que os dois queriam anunciar?!? Um deles, vocês conhecem bem. Sim, meus caros, é o iMasters.

O Márcio, do
Gastrô Online, me deu dicas preciosas. Melhorei o layout e vários pontos do site e ele ainda me ajudou a testar e acertar o formulário de patrocínios. Na empolgação tinha digitado um e-mail errado e até descobrir que o problema estava ali, perdi um tempinho debugando o código.
Melhorei o site, criando um
javascript que dá um “zoom” nas áreas patrocináveis do carro, de acordo com o movimento do cursor do mouse. Deu um trabalhão, mas o resultado ficou ótimo! Depois faço um artigo aqui pro iMasters dando o passo-a-passo.

Tudo arrumado, na segunda-feira coloquei as imagens dos dois primeiros anunciantes. Mandei alguns e-mails estratégicos para blogs e sites especializados em marketing de guerrilha. Saiu no
Blog de Guerrilha, que em troca, pediu um quadrinho no carro. Concedi, afinal o que são R$ 100 a menos em R$ 52 mil, para um pontapé inicial?

Parece que deu certo. No dia seguinte, um monte de blogs já estavam falando da iniciativa. Conversei com algumas agências, acertei alguns detalhes no regulamento, seguindo as dicas que algumas me deram. Todas se interessaram em saber mais do projeto. Bom sinal!

Hoje a divulgação continuou. Ainda tímida, afinal quis esperar ter os primeiros anunciantes para depois ir para a mídia, para dar mais credibilidade. Espalhei para os meus amigos do Orkut. Recebi um monte de e-mails sobre o projeto e li um post no blog do
Bruno Torres criticando-o. Fiquei meio triste, afinal gosto do trabalho do cara e leio o blog dele há um tempão. Encarei as críticas de frente, rebati com bom humor e ele até me respondeu se retratando. Foi gente fina. E disse que vai acompanhar e reconhecer publicamente que estava errado se a coisa deslanchar. Espero mesmo que sim!

Um dos e-mails que recebi foi de um amigo formado em comunicação se oferecendo para ser o meu relações públicas. Ótimo! Mais uma força na divulgação. No final do dia, uma conversa com outro amigo jornalista, que ficou de dar a notícia no Estado de Minas, principal jornal de BH. Tomara que saia mesmo!

No final do dia, para coroar todo o esfoço, chega um e-mail “Confirmação de pagamento: R$ 200,00!”. Sim, meus caros! Meu primeiro anúncio espontâneo! A divulgação de guerrilha estava atingindo os resultados. O CarrosBH resolveu participar. Compraram dois espaços para divulgar o site de classificados gratuitos para compra-e-venda de veículos. Tudo a ver, né?

Pois então, meus caros. A saga continua! E toda semana aqui no iMasters, um novo capítulo do diário de um blogueiro sem carro.

Se alguém aí tiver R$ 100,00 sobrando, vale anunciar declaração de amor ou mesmo o escudo do time do coração! Acessem lá: http://www.patrocinemeucarro.com/.

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1/29/2007

MARKETING PARA A GERAÇÃO “SEM LOGO”

Nirmalya Kumar*


Fonte: http://www.hsm.com.br/


Nos últimos dez anos, a televisão e outros
meios de comunicação de massa perderam eficácia
no esforço de falar aos consumidores mais jovens. Com
as técnicas tradicionais de publicidade perdendo gradualmente
sua capacidade de chegar aos públicos-alvo, as empresas,
então, começaram a se voltar para novas abordagens
a fim de criar demanda para produtos e serviços. Uma
dessas abordagens é o que se chama em inglês
de buzz marketing .


Por que a mídia tradicional se tornou menos eficaz
como forma de criar demanda para produtos e serviços?
Há três razões principais.


Primeiro, sua crescente fragmentação. Na medida
em que o número de canais de televisão, estações
de rádio e publicações em geral aumenta,
o público se divide em grupos menores. Isso faz com
que seja significativamente mais difícil e caro chegar
a um público de determinado tamanho hoje do que há
alguns anos.


Segundo, a concorrência de outras mídias cresceu
. Os jogos de computados e a internet afastaram os mais jovens
da televisão. Pesquisa realizada em 2002 nos Estados
Unidos mostrou que pessoas que moram em residências
com conexão à internet assistem, em média,
cinco horas menos televisão do que aquelas que residem
onde não há internet.


Terceiro, as pessoas ficam mais cínicas em relação
às marcas e às companhias multinacionais . O
livro Sem Logo (ed. Record), de Naomi Klein, continua vendendo
em grande quantidade dois anos depois de sua publicação.
Manifestantes que se reúnem em eventos de instituições
econômicas como a OMC (Organização Mundial
do Comércio) e o FMI (Fundo Monetário Internacional)
ganham cada vez mais apoio aos seus ataques contra a colaboração
entre governos e grandes empresas.


Além disso, outras ameaças estão surgindo.
É o caso das tecnologias de gravação
digital, com a TiVo, que permitem que um número ainda
pequeno, mas crescente, de telespectadores ignorem os anúncios
enquanto assistem televisão. Algumas pesquisas sugerem
que, em cinco anos, até metade das residências
norte-americanas poderão utilizar produtos semelhantes
para evitar os intervalos comerciais.


Ao mesmo tempo, embora a geração mais nova
evite a publicidade e suspeite da manipulação
das grandes empresas, ainda é altamente influenciada
por imagens e marcas. O marketing boca-a-boca ou marketing
de guerrilha surgiu como forma de as empresas se colocarem
“ao lado” dos consumidores na batalha pelas vendas.
Esse tipo de marketing envolve fazer com que formadores de
opinião em determinada comunidade, ou grupo, levem
adiante a mensagem da marca, gerando interesse e demanda por
ela sem publicidade ou promoções.


A mensagem da marca pode ser transmitida fisicamente –as
pessoas podem ser vistas com a marca, verbalmente –a
marca pode “aparecer” em uma conversa– ou
virtualmente (por meio da internet). Com a proliferação
do e-mail e dos telefones celulares, o boca-a-boca se espalha
mais rápido do que nunca (veja também Outras
campanhas baseadas no marketing boca-a-boca ).


Red Bull: a mestre do marketing boca-a-boca - A empresa criou
uma imagem para bebida que envolve tensão e até
um pouco de perigo. Quando Dietrich Mateschitz criou a bebida
em 1987 para o mercado austríaco, os bares inicialmente
se recusaram a tê-la em estoque, pois a viam mais como
um produto medicinal, de saúde. Mas logo os clubbers
perceberam a energia que ganhavam com a bebida e começaram
a levá-la para danceterias que não vendiam bebidas
alcoólicas. Também nos resorts de esqui da Áustria,
um drink preparado com Red Bull, suco de cranberry e vodka
virou moda.


A companhia manteve, então, rígido controle
sobre a distribuição para clubes e bares. Nas
oito áreas de venda nos Estados Unidos, representantes
da companhia detectaram locais da moda, freqüentados
por pessoas que ditam as tendências. Uma vez identificados
cinco desses locais, os representantes lhes oferecem refrigeradores
com a marca Red Bull e outros itens junto com o primeiro pedido.


Caso estabelecimentos mais convencionais solicitassem ter
Red Bull em seu estoque, a empresa negava o pedido, reforçando
a associação underground e a credibilidade nas
ruas. Para cultivar a ligação com os clubbers
, a Red Bull criou o Red Bull Music Academy, evento de duas
semanas, uma vez por ano, que reunia tanto DJs consagrados
como aspirantes.


Equipes de formação de consumidores ajudavam
a alimentar o boca-a-boca. Uma das primeiras ferramentas de
marketing utilizadas pela Red Bull foi contratar estudantes
de gerenciamento de marca nas universidades, dando a cada
um deles uma caixa da bebidas e estimulando-os a organizar
uma festa. Também foram contratadas pessoas da cada
localidade para dirigir carros com o logo da Red Bull e uma
enorme lada azul e cinza da bebida. Os carros levavam refrigeradores
com mais de 250 latas de Red Bull, que eram distribuídas
para “quem precisasse de energia” –trabalhadores
de plantão, motoristas de caminhão, estudantes
universitários, executivos, atletas e clubbers .


A Red Bull patrocinou vários eventos de esportes radicais,
entre eles snowboard , motocross , mountain-biking , paraglider
, skate e surfe. Ao se associar àqueles que determinam
as fronteiras desses esportes radicais, a Red Bull se tornou
uma “bebida radical”. Perigosos e nem sempre aceito
pelos esportes tradicionais, os círculos sociais relacionados
aos esportes radicais são ideais para o trabalho boca-a-boca.


Muitos argumentam que a Red Bull foi responsável pela
criação da categoria de bebidas energizantes.
Embora outras empresas tenham seguido a tendência –como
a Coca-Cola e a Pepsi– ela segue dominando o mercado,
com 65% de participação nos Estados Unidos.
E tudo isso com o mínimo de publicidade.


A Red Bull já começou a anunciar em televisão,
mas apenas tarde da noite e a empresa insiste que os comerciais
servem para reforçar a marca, mais do que para se estabelecer
em novos mercados.


O sucesso da Red Bull com o marketing boca-a-boca chamou
a atenção das grandes empresas. Os profissionais
de marketing mais tradicionais, entretanto, tendem a se sentir
desconfortáveis com a relativa falta de controle sobre
a mensagem e o público-alvo, característica
desse tipo de marketing.


Setor farmacêutico: bem-sucedido no buzz marketing
- Entre as grandes companhias estabelecidas, as do setor farmacêutico
talvez sejam as mais bem-sucedidas no marketing boca-a-boca,
divulgando seus produtos para médicos e pacientes.
Por exemplo, é prática comum das empresas lançar
um novo remédio selecionando médicos e cientistas
de reputação para realizar experiências
e promover tratamentos.


O setor de saúde é particularmente suscetível
ao trabalho de boca-a-boca, pois as pessoas confiam em médicos
e amigos para referências de tratamento e cada vez mais
se informam na internet.


A utilidade do marketing boca-a-boca - É útil
para ajudar a gerar demanda em muitos contextos, mas é
especialmente eficaz para produtos que geram conversas –ou,
em outras palavras, produtos com os quais os consumidores
se envolvem emocionalmente. Isso depende do tipo de produto
ou serviço oferecido, de seu mercado-alvo e da rede
de pessoas desse mercado.


Esse tipo de marketing pode ser a ferramenta perfeita para
criar uma campanha que corra fora dos meios tradicionais,
mas pode sair pela culatra se parecer maquinado, pois isso
afastaria exatamente o tipo de consumidor que se quer atrair.
Saber quão propensos a ouvir o boca-a-boca são
seus consumidores-alvo vai ajudá-lo a compreender quão
eficaz uma campanha baseada no buzz marketing pode ser para
produtos e serviços específicos. Depois é
só dar às pessoas algo do que falar.


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Kumar, Nirmalya

Professor de marketing e diretor do Centro de Marketing na
London Business School.


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www.penidopublicidade.com

1/17/2007

Cuidados ao registrar o domínio de seu cliente

15 de janeiro de 2007, 14:15

O registro de domínio oferecido junto à criação do website pode fazer parte de um pacote de serviços de webdesigners e produtoras. Mas são atividades distintas que implicam em responsabilidades que não se confundem. Veja como proceder.

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Por Monica W. Rodrigues
[Webinsider[
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Já comentamos aqui acerca do registro de domínio que costuma ser oferecido concomitantemente à criação do website (O que não deve faltar no contrato com o cliente). Nada impede que se queira oferecer um amplo pacote de serviços, especialmente se isso significa uma maior vinculação do cliente a sua empresa.

Contudo, não pode passar desapercebido, que são atividades distintas que implicam em responsabilidades próprias que não se confundem.

A aquisição de um domínio não está vinculada à criação de website, exceto pela função social que deve exercer o domínio, posto que não se presta exclusivamente à especulação, antes deve ter utilidade àquele que o requer.

A lei, no que diz respeito à inserção na web, ao contrário de alguns tipos de negócios jurídicos, não exige o cumprimento de nenhuma formalidade — como na aquisição de um imóvel, em que se deve proceder ao registro no cartório imobiliário competente, ou na constituição de empresa, em que se requer o arquivamento de seus atos constitutivos na Junta Comercial do Estado.

Se o endereço na web não está vinculado a nenhum subdomínio — como por exemplo www.wrodrigues.adv.br/subdomínio — a única formalidade a ser cumprida diz respeito ao registro de domínio; afinal não digitamos uma seqüência numérica (IP) em busca de um endereço na web, mas sim buscamos textualmente por aquilo que procuramos.

E é exatamente porque procuramos textualmente por aquilo que nos interessa que o registro de domínio requer alguma atenção.

Vejamos: por se tratar de palavra ou texto, é certo que não deve ser confundido com nenhum nome comercial ou, o que é pior, com marca registrada no INPI.

Por isso mesmo já deu para perceber que se você proceder ao registro de um domínio para seu cliente, deve assegurar-se de não colocá-lo em situação que o comprometa legalmente em relação ao mercado, causando confusão entre marcas ou nomes comerciais de outras empresas ou organizações.

Apenas a título de exemplo, sempre lembro de um caso em que dois sócios de duas empresas diferentes passaram meses trocando farpas por e-mail quando descobriram que possuíam registros de domínios muito parecidos, apenas com uma sílaba de diferença e que disputavam, por uma questão de fluxo na internet, um terceiro domínio que estava disponível, também muito parecido com seus domínios originais.

A princípio, ambos pensaram se tratar de má-fé, e de que a outra empresa havia adquirido o registro de domínio para cedê-lo por preço abusivo posteriormente.

Com o tempo, foram percebendo que estavam a debater-se por um erro que nunca seria sanado fora do Judiciário, e o que é pior, não sem mover ação contra o INPI, já que ambas as empresas haviam feito corretamente pedido de registro para a mesma marca junto ao órgão, que publicou um dos pedidos de marca com incorreção, gerando a confusão, já que a empresa que fez o requerimento por último não tinha em nenhuma de suas buscas qualquer resultado que a impedisse de obter tal marca.

O detalhe: as duas empresas teriam que demandar suas perdas no Rio de Janeiro, sede do INPI, sendo que suas sedes ficavam em outro estado.

Dentro das regras do bom senso, entenderam ambos os sócios que melhor seria encontrar um meio termo. Assim, a empresa mais nova no mercado e que por último requereu o registro de marca ganhou um ano e meio de prazo para adequar-se a um novo nome comercial, marca e domínio, sem sofrer nenhum tipo de constrangimento por parte da outra empresa, inclusive com direcionamento do fluxo de seus clientes na internet durante esse período.

Aí eu pergunto: se seu cliente tivesse perdido judicialmente tal domínio e marca, contra quem ele iria demandar, contra o INPI ou contra você?

Um roteiro para a sua segurança

Diante disso, certamente fica a pergunta: como proceder a esse registro com segurança?

Bem, aí vão algumas dicas:

Primeiro, procure fazer uma busca prévia dos demais domínios já registrados para o mesmo texto que seu cliente pretende, mesmo em outros níveis de domínios (.adv, .pro, .org, etc) no Brasil e no exterior (.com ou .net). Afinal, seu cliente tem o direito de saber com quem eventualmente dividirá o fluxo de usuários quando ocorrerem erros de digitação dos internautas.

Segundo, faça uma busca prévia de nomes comerciais na Junta Comercial do Estado e no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, para saber se trata-se de algum nome comercial já existente no mercado.

Terceiro, proceda à busca junto ao INPI para saber se o texto ou palavra pretendida não se trata de nenhuma marca já registrada, visto que dispõe o § 1º do art.º 1º da Resolução nº.: 02/2005 do Comitê Gestor Internet que “constitui-se em obrigação e responsabilidade exclusivas do requerente a escolha adequada do nome do domínio a que ele se candidata. O requerente declarar-se-á ciente de que não poderá ser escolhido nome que desrespeite a legislação em vigor, que induza terceiros a erro, que viole direitos de terceiros, que represente conceitos predefinidos na rede Internet, que represente palavras de baixo calão ou abusivas, que simbolize siglas de Estados, Ministérios, dentre outras vedações”.

Assim, entende-se por desrespeito à legislação em vigor, dentre outras práticas, a violação à marca de terceiro, nos termos dos incisos IV e V do art.195 da Lei de Propriedade Industrial, o qual dispõe:
Art.195 - “Comete crime de concorrência desleal quem:(…)IV – usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os produtos ou estabelecimentos;V – usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios (…)”

Ou seja, sendo a marca o sinal distintivo usado para distinguir produto ou serviço, o uso indevido de marca registrada constitui crime nos termos do artigo 195 da Lei de Propriedade Industrial, não parecendo razoável que se proceda ao registro desse mesmo nome como sendo de domínio.

Afinal, isso seria colocar seu cliente em situação de desvantagem ao invés de proporcionar a ele uma boa experiência em sua inserção na web.

De qualquer maneira, a questão da escolha e do registro do domínio deve ser amplamente discutida com o cliente visando delimitar e dividir eventuais responsabilidades pelo registro.

Por fim, a última dica é anexar todas as buscas efetuadas ao contrato com o cliente, junto com um termo de ciência quanto às diligências efetuadas. Isso, para salvaguardar sua empresa de desagradáveis surpresas, pois elas podem efetivamente ocorrer.

Fica aí o alerta e algumas dicas. Por isso, quando oferecer um pacotão, incluindo registro e criação, diferencie bem um do outro no contrato, anexe as diligências efetuadas e um termo de ciência de seu cliente. Tenho certeza de que ele se sentirá mais seguro de sua transparência e você também, não é?

Abraço e até a próxima edição. [Webinsider[

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